O café trouxe muitas riquezas para o Brasil, para Mococa o grão de ouro foi assim como para muitas outras cidades, o pilar da fundação do município.
Hoje a cidade do interior paulista tem como testemunha da época de boas colheitas, os casarões que ilustram a história de seus coronéis.
Porém, existem outras características que a bebida mais consumida do mundo deixou para Mococa.
Foi pelo café que um casal de italianos veio em 1905 para estas terras em busca de negociar o então valioso produto, a mulher estava grávida e aqui acabou trazendo um dos mais brilhantes escultores do mundo: Bruno Giorgi.
O escultor e pintor permaneceu no Brasil até os cinco anos de idade, mudando-se depois para a Itália onde anos mais tarde deu inicio aos estudos de desenho e escultura.
Retornou para o país de origem em 1935 e aqui entre idas e vindas para a Europa, além de construir amizades influentes entre elas, Mario de Andrade, Anita Malfatti, Oswald de Andrade e participar do modernismo, esculpiu em traços históricos, relíquias que ilustram hoje o orgulho de uma nação inteira em especial dos mocoquenses.
Entre suas obras mais famosas espalhadas pelo Brasil estão o "Monumento a Juventude brasileira", nos jardins do antigo Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro, "Candangos' na Praça dos Três Poderes e "Meteoro", no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores em Brasília e Integração no Memorial da América Latina, em São Paulo.
Em sua cidade natal, ficaram esculturas como a "Mulher de Mococa", na Praça Marechal Deodoro e o Monumento "Fundadores de Mococa" localizado na Praça Epitácio Pessoa.
Já na Casa de Cultura Rogério Cardoso, existe uma exposição permanente que além de resgatar a história do artista, traz obras como a "Mulher dos Triângulos", "Torso" e "São Francisco e o Lobo".
Bruno Giorgi faleceu na cidade do Rio de Janeiro em setembro de 1993 aos 88 anos de idade.